desempenho hidraulico das bombas de agua pressurizadores
Bombas de água e pressurizadores desempenham um papel fundamental em sistemas hidráulicos residenciais, comerciais e industriais. Sua função principal é transferir e ou pressurizar a água com eficiência, garantindo que a vazão e a pressão atendam às demandas específicas de cada aplicação.
Escolher o equipamento correto, no entanto, vai além da simples busca por mais pressão no chuveiro, enchimento rápido da caixa d’água ou uma recirculação eficaz. Exige compreender o desempenho hidráulico da bomba, analisando gráficos de desempenho ou tabelas técnicas de seleção.
Este artigo apresenta os principais critérios para uma escolha adequada, com base em alguns fundamentos da hidráulica. Boa leitura!
Quando um projetista hidráulico define um ponto de operação — composto por vazão (Q), altura manométrica total (HMT) e, eventualmente, a potência hidráulica (Ph) —, ele oferece as coordenadas essenciais para a seleção correta da motobomba. Esses dados têm origem em análises de perda de carga distribuída, perda de carga localizada, altura geométrica e pressão exigida no ponto terminal de consumo.
Definições básicas:
Embora semelhantes em função, bombas e pressurizadores têm aplicações distintas. Pressurizadores normalmente possuem sistemas automáticos de acionamento (como inversores de frequência ou pressostato) e são voltados para manter pressão constante em redes de consumo.
Bombas, por sua vez, podem ser utilizadas para transferência, recalque ou recirculação de água com controladores específicos, entenda melhor as diferenças neste artigo: “Quais as diferenças entre pressurizador e bomba d’água.
Todo fabricante fornece gráficos de desempenho hidráulico, que demonstram a relação entre vazão e pressão (ou altura manométrica). Essa curva — também chamada de curva característica — mostra o comportamento da bomba sob diferentes condições de trabalho, veja abaixo um exemplo:
Dica prática: Evite escolher uma bomba com base em sua vazão máxima ou pressão máxima. Esses pontos extremos geralmente representam operação com baixa eficiência, maior desgaste e consumo excessivo de energia.
O ponto ideal de operação — chamado de Best Efficiency Point (BEP) — está localizado na faixa central da curva. É neste ponto que a bomba opera com o melhor equilíbrio entre desempenho e consumo energético.
Selecionar a bomba para operar próximo ao ponto de maior eficiência resulta em:
✅ Menor consumo de energia elétrica;
✅ Menor desgaste mecânico dos componentes internos;
✅ Redução de ruído e vibração;
✅ Maior confiabilidade e vida útil do sistema.
A pressão máxima da bomba é o ponto de start, ou seja, a vazão estará em zero e a vazão máxima da bomba é com a pressão mínima que ela pode trabalhar.
Em ambas as condições o rendimento da bomba não é dos melhores e nem recomendado a se trabalhar. Para ficar mais fácil a explicação, abaixo colocamos um exemplo de gráfico:
No modelo de motobomba acima a pressão máxima é de 55 mca e a vazão máxima de 27 m³/hora, caso precise circular ou transferir a água de um ponto A para um ponto B operando sem controle de rotação e na potência máxima (sem inversor de frequência), atente-se para que na pressão determinada a vazão esteja entre 12 e 22,5 m³/hora para um melhor aproveitamento deste modelo exemplificado.
Entretanto, se for um pressurizador inteligente “inverter” que controle a rotação do motor de uma motobomba em função de uma pressão pré-definida podemos trabalhar em uma faixa maior de vazão, entre 10 e 26 m³/hora. De forma prática, com os dados de pressão e vazão determinados em projeto analise o gráfico da motobomba e encontre o modelo que atenda a pressão necessária dentro da faixa de vazão ideal, seja uma motobomba ou um pressurizador.
1. Determine as condições de operação do sistema: Caso não tenha um projeto hidráulico com o ponto de operação devidamente informado, calcule a vazão necessária e a altura manométrica total (soma de perdas por atrito, desnível e pressão requerida no ponto de consumo).
Veja abaixo o ponto de trabalho de um sistema de pressurização de um determinado empreendimento:
2. Analise o gráfico de desempenho do fabricante: Localize o ponto de operação no gráfico ou na tabela técnica:
3. Priorize equipamentos com maior eficiência no BEP: Prefira bombas cuja curva de rendimento apresenta o ponto de operação próximo ao BEP. Isso reduz custos operacionais e prolonga a vida útil. Veja abaixo uma etiqueta de uma motobomba homologada pelo INMETRO:
Os dados de pressão e vazão marcados acima indicam o melhor rendimento do equipamento.
4. Considere a variabilidade de operação: Em sistemas sujeitos a variações de demanda, como edifícios ou sistemas com múltiplos pontos de consumo, avalie a utilização de inversores de frequência para manter o funcionamento próximo ao BEP em diferentes condições.
A escolha adequada de uma bomba de água não é apenas uma decisão técnica — é uma garantia de conforto, economia e durabilidade. A aplicação correta dos princípios de hidráulica e a análise das curvas de desempenho são essenciais para evitar problemas futuros e assegurar o funcionamento eficiente do sistema, por isso:
✅ Sempre consulte um profissional qualificado antes de escolher a bomba;
✅ Evite modelos que vão operar nos limites máximos de pressão ou vazão;
✅ Dê preferência a bombas com selo de eficiência e testes laboratoriais;
✅ Para sistemas de pressurização, dê prioridade a modelos com inversor de frequência.
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